terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Trabalho acontece apenas em estar na Presença

Mais uma vez juntos no único lugar, e esse lugar é agora mesmo, aqui, onde tudo pode ser encontrado. Sejam bem-vindos a mais esse encontro com esse vazio, esse espaço no qual a realidade do mundo aparece. Esse espaço é aquele no qual a realidade da mente, do corpo e do mundo estão aparecendo. Nós estamos mais uma vez nesse espaço, mais uma vez sempre nesse espaço, o espaço do qual nunca saímos, onde não existe separação, onde sempre nos encontramos. É nesse vazio onde tudo se levanta, onde tudo aparece, esse é o único lugar, aqui e agora, o lugar da Paz, da Liberdade, do Silêncio, onde a Verdade aparece e essa assim chamada "ilusão" também aparece.

Não há nada separado desse espaço, desse vazio. Ele engloba tudo. E de fato é maravilhoso estarmos aqui, de onde nunca saímos. Na Presença da qual nunca estivemos ausentes. Essa Presença que segura todo esse jogo divino, esse jogo dessa assim conhecida ilusão. Tudo é transparente nesse vazio, nesse espaço, nesse lugar. Nós estamos vendo o pensador, o "eu", o "mim", a "pessoa", e isso tudo é só uma crença do próprio pensamento. Nada disso destrói a realidade dessa Presença sempre presente. É somente o pensamento surgindo, aparecendo, separando corpo, mente, mundo, inconsciência, consciência, ilusão, verdade. Nada disso pode destruir essa Realidade da Paz, da Liberdade, da Felicidade, do Amor presente.

Tudo que vocês de fato precisam aqui é constatarem Aquilo que está presente, e que nunca deixa de estar presente em meio a todas essas aparições. As aparições são só aparições. Isso que está sempre presente é esse vazio, é essa realidade divina, é a sua Natureza Verdadeira, que é Deus.

P: Se a coisa é aquietar-se, silenciar, ser presente, então não vale mais rezar, orar, mentalizar, praguejar para mudar uma situação de vida desagradável ou intolerável?

M: Aqui se trata de acolher, de abraçar, de não se separar daquilo que se apresenta. Agradável e desagradável é só uma aparição já indo embora. Tudo está indo embora, tudo está passando. Já esse Vazio, essa Presença, esse Espaço, esse Lugar, essa Consciência permanece como Pura Bem-aventurança, Pura Alegria, em Pura Liberdade. A situação é que vocês dão muita credibilidade ao intelecto, e aí ele confirma estados emocionais, sentimentais, estados que aparecem aí nesse mecanismo. Então o intelecto confirma como sendo algo de alguém. Não tem alguém aí não. Isso é uma crença muito forte.

É só o Vazio mesmo, é só esse Lugar, esse Espaço. O corpo aparecendo aí, e toda e qualquer sensação, qualquer sentimento, qualquer estado agradável ou desagradável, qualquer reza, qualquer mentalização, qualquer praguejar, qualquer não silenciar ou silenciar, qualquer aquietar-se ou não se aquietar. Tudo está passando mesmo. Quando lhe convido a Satsang, eu lhe convido e lhe dou esse "bem-vindo". Eu digo para você: bem-vindo a esse espaço de seu próprio Ser, o único lugar do qual você jamais saiu, onde aparece a ideia de um mundo do lado de fora, de uma mente do lado de dentro. E você não está separado dessa ideia nem daquela. Você não é o pensador desse pensamento. Não existe essa verdade aí, a verdade da crença de um pensador. Isso é só mais um pensamento também. A crença de um pensador é só mais um pensamento.

E o mundo inteiro aparece, o universo inteiro se desdobra, surge. Você, como esse Espaço, esse Vazio, essa Presença, essa Consciência, está além de toda essa aparição.

P: Marcos, você tem afirmado que o único modo de acordar, despertar, é ficar perto de um Mestre em Satsang, ou seja, nenhuma prática, nenhum exercício, só isso, que tudo é muito simples. Mas então para que tantos textos advaitas, tantas explicações dadas por tantos Mestres como Ramana, Papaji, Mooji, Bidi, e muitos outros, inclusive você?

M: É simples. Todas essas explicações dadas por esses Mestres são para o intelecto curioso enquanto ele está fazendo muito ruído. Quando o intelecto desaparece, as perguntas desaparecem. Essas explicações nascem das perguntas desses intelectos. A ênfase de Ramana era o silêncio. A de Papaji era ficar quieto. A do Mooji é dar respostas a perguntas – mas são perguntas do intelecto.

P: Então tirando esse valor referido por você não há mais nenhum? Eles não tem mais nenhuma utilidade?

M: Eles quem? Os ensinamentos? Não. Os ensinamentos são não-ensinamentos. Esses ensinamentos têm o propósito de lhe mostrar a não necessidade de aprender. O propósito deles é descartar qualquer ideia da necessidade de novos ensinamentos.

P: Mas então ensinar a não ensinar é um ensinamento ou não?

M: Tudo o que posso lhe dizer é que Despertar é Ser, e Ser não sabe, não se interessa em saber nem tem o que aprender. Ou seja, tudo aqui se trata em desaprender tudo o que a mente acredita que aprendeu. Não serve para Aquilo que você já É. O Trabalho acontece apenas em estar na Presença. É um trabalho nesse mecanismo, nesse corpo-mente, é um trabalho de desprogramação nessa máquina, nesse organismo, de todo o condicionamento mental presente. Nenhum ensino pode fazer isso, só o desaprender pode abrir espaço nesse mecanismo para a coisa assentar aí, para esse Estado que já é você fora de qualquer construção intelectual.

P: A minha pergunta não é nesse sentido.

M: Tudo o que estou dizendo é que Ser não depende de ensino. Ser você já é. Todo ensino só acrescenta algo mais a essa formação meramente intelectual da personalidade. E personalidade aqui é sentido de separatividade.

P: Não há nada a fazer para desaprender?

M: Claro que há: estar em Satsang. Alguns passaram 30 anos próximos a Ramana, outros 40, e outros a vida inteira. Há casos de alguns que despertaram em 6 anos com Ramana. Teve um cara da América chamado Robert Adams. Ele esteve um dia com Ramana e foi suficiente. Apenas uma vez, e foi suficiente. Tem a história de um camarada que esteve com Nisargadatta, assistiu dois Satsangs, um pela manhã e um à noite, e também despertou. Já foi o suficiente. Mas foi ali. Despertar é uma ação dessa Presença nesse mecanismo. Não tem nada a ver com ensino, com prática, com métodos, com exercícios. Tem a ver com uma ação dessa Presença, dessa Graça, que acontece.

P: Como então ficar quieto, aquietar a mente?

M: Você não pode. Isso não é trabalho seu. Todo o trabalho do Despertar é dessa Presença, dessa Graça, dessa Consciência, que é o que temos em Satsang. Não há como aquietar a mente. Quem aquietaria? Que mente pode ser aquietada?

P: Então como ele nos dá essa Graça?

M: Ele não nos dá essa Graça. A Graça já está presente. Você não pode receber essa Graça, você não existe para receber essa Graça. A disposição de estar em Satsang já é uma disposição da Graça trabalhando aí. Não tem alguém para receber essa Graça, não tem alguém para lhe dar essa Graça. Apenas esteja em Satsang e receba, estando ausente. Em Satsang o sentido de separatividade vai embora, e isso é Graça, isso é Presença. Não acabei de falar que não há ensino? Não tem o que aprender, não tem o que ser ensinado. A recomendação que eu dou para todos é a recomendação de todos os acordados.

P: Tenho que estar ausente em Satsang para estar presente?

M: Sim, totalmente ausente. Se o seu ego estiver presente em Satsang, não vai acontecer nada. Você só está presente em Satsang quando seu ego está ausente. Não adianta estar presente. Tem que estar ausente.

P: Como deixar o ego ausente então?

M: É o que estou tentando lhe mostrar desde o início. Você não pode fazer isso. Isso é um trabalho da Graça, do Mestre. Você só tem que trazer o corpo e relaxar. Se você não ficar quieto, você continua presente. Quando você está presente, você está ausente do Satsang.

P: O corpo vale alguma coisa?

M: Desperte sem corpo e depois me responda. Como você pode despertar sem corpo? O corpo é tudo o que você precisa neste momento para despertar. Mas é o corpo presente em Satsang, e não a mente egoica, e não o sentido de separatividade.

P: Então o espírito precisa do corpo?

M: Que espírito?

P: A Presença?

M: Todas as suas colocações são meramente intelectuais. Solte isso. Você só vai poder soltar isso quando estiver em Satsang, aí poderá estar ausente, estando presente.

P: Para isso estou aqui, para você me ensinar a soltar.

M: Estou lhe ensinando.

P: É um ensinamento.

M: Não, é um não-ensinamento. Porque o que eu digo é: a única coisa a fazer é ficar quieto. Toda essa intelectualidade desaparece em Satsang, quando o sentido do perguntador desaparece. É por isso que o ensino desaparece. A resposta dos Mestres, dos acordados, são dadas para o intelecto. Mas não servem para nada.

P: Podemos jogar todos os livros fora? Rasgar, queimar?

M: Para você ser o que você é, pode jogar tudo fora. Nenhum deles pode lhe ajudar a ser o que você já é. Eles não podem lhe dar o que você já tem. Não podem fazer de você o que você já é.

P: Um ego reage a situações baseada nos condicionamentos e memórias, e um acordado não reage, apenas responde a partir da Presença da não separatividade. Qual a diferença entre responder e reagir?

M: Nenhuma ação direta é uma resposta no sentido de algo vindo de uma reatividade. Então, aquilo que podemos chamar de resposta da Presença é ação. Na ação não há reatividade. Por outro lado, tudo o que a mente conhece é reatividade, é resposta reativa. A ação nasce neste instante sem qualquer compromisso com qualquer resultado. Não há medo nela. Essa é a diferença. Enquanto essa assim resposta reativa, que é a resposta da mente, nasce da busca de um resultado, o que na verdade é medo. Não há qualquer planejamento. As coisas vão acontecendo.

Na verdade, toda ação é essa ação, a ação natural, a ação dessa Presença, a ação dessa Consciência. Não há alguém nisso sendo recompensado ou punido. As coisas simplesmente acontecem por uma ação dessa Presença. Tudo o que vocês precisam é dessa naturalidade de Ser. Por isso eu recomendo Satsang. Isso acontece por ressonância. O Trabalho é por ressonância. Na Índia eles chamam de uma ação da Graça do Guru, da Graça do Mestre, da Graça da Presença, da Graça Divina, que é a mesma coisa.

*Transcrição de uma fala ocorrida em 10 de Janeiro de 2014, num encontro aberto online. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Não tem alguém quando há amor

Temos aqui o propósito de descobrirmos, constatarmos Aquilo que somos, Aquilo que verdadeiramente nós somos, Aquilo que está por detrás, que é anterior a essa "pessoa" corpo-mente. Uma coisa que nós temos visto é a facilidade com que todos nós nos embolamos com essa coisa, com essas afirmações filosóficas ou esotéricas. Alguns afirmam categoricamente que nós construímos ou somos capazes de construir a nossa própria realidade. Quando olhamos para essa assim conhecida vida que temos, a impressão é que ela foi construída por nós, construída como resultado dos nossos pensamentos. Então, segundo essa base filosófica, espiritual ou esotérica, nossos pensamentos criam nossa realidade no mundo.

O que nós não percebemos é que essa assim chamada "realidade" de mundo dessa "pessoa" corpo-mente é apenas um sonho. E a ideia de uma identidade principal nessa realidade é ainda parte desse sonho. A única realidade não é a realidade do sonho, mas é a realidade onde esse sonho acontece. Esse sonho "pessoa-corpo-mente-mundo". Essa realidade é anterior à "pessoa", é anterior ao corpo, à mente e ao mundo. É evidente que a sensação da mente é a sensação da criação de sua própria realidade, mas essa realidade é a realidade do sonho. É a realidade de uma pseudoidentidade dentro dessa coisa. Isso também ainda é o sonho.

Esse sonho tem a realidade que a mente produz, que o pensamento produz. Essa realidade que o pensamento produz, que a mente produz, é a realidade mental. Apenas na mente essa realidade é possível. Eu continuo afirmando que isso é apenas uma aparição fenomênica, uma aparição que aparece como uma brincadeira divina. Essa brincadeira divina será sempre um mistério e a única coisa que podemos falar sobre ele é que é uma brincadeira mesmo, uma brincadeira divina. Não há qualquer propósito nessa brincadeira. É o próprio divino, é a própria Presença, é o próprio Ser, é a própria Consciência Nela mesma se expressando. Ela aparece como a substância e como a testemunha, como aquilo que é observado e aquilo que observa. Mas aquilo que observa e que é a testemunha se mantém como anterior a qualquer fenômeno, a qualquer aparição, a qualquer sonho.

Você é essa Presença. Ciente dessa Presença, o sonho é só um sonho. Não há qualquer realidade separada aí. A realidade "pessoa-mente-corpo-mundo" é o sonho nessa realidade que é você. Não há "corpo-mente-mundo" como algo separado dessa Consciência, dessa testemunha, dessa realidade. Assim sendo, você não pode, na mente, ser "alguém" criando a realidade para essa assim chamada "sua vida". Essa "sua vida", que é um sonho, não é você. Você é a Vida anterior a essa "sua vida".

Sua Consciência, sua Presença, é anterior ao seu nome, ao seu corpo, à sua forma e ao seu mundo. É anterior a essa "sua vida". A mente manifesta sua própria realidade, depois ela diz que é capaz de criar sua própria realidade. A mente no sonho dizendo ser o sonhador, dizendo ser "alguém" sonhando. A mente não cria nada. Ela confirma sua própria aparição. Termina dizendo que está criando sua própria realidade. Você não é "alguém" criando sua realidade de vida. Essa "sua realidade de vida" é uma produção da mente, isso não tem nada a ver com você. É só um fenômeno, só uma aparição. Se desidentifique desse fenômeno. Se desidentificar desse fenômeno significa não se confundir com ele.

O trabalho de autoinvestigação, de meditação e de entrega a essa Verdade que é a Consciência é o fim dessa identificação com a mente, que nada mais é que esse sonho "pessoa-mente-corpo-mundo", como "alguém" nisso. Então, a brincadeira do sonho continua, mas não há mais a ilusão de um sonhador criando sua própria realidade. Você não é "alguém" criando sua realidade. Você é a realidade livre desse "alguém". Não há "alguém". Essa realidade é Ser, Consciência, Deus, Brahman. Essa realidade é Sat-Chit-Ananda, como se diz na Índia. Essa realidade Sat-Chit-Ananda não é o sonho, não é uma realidade que o pensamento cria, que a mente cria, que a mente sonha.

P: O que é compaixão? O "eu" pode ser compassivo, solidário e fraterno?

M: A ilusão é a ilusão de "alguém" sendo alguma coisa. Quando a ilusão de ser "alguém" está presente, esse "alguém" pode ser qualquer coisa. Esse "alguém" pode ser violento, agressivo, medroso, piedoso, compassivo, solidário e também fraterno. Enquanto houver o sentido de ilusão de "alguém" na ação, esse "alguém" pode ser qualquer coisa.

Ser é Consciência, Ser é Presença. A natureza do Ser é Amor, é Paz, é Silêncio, é Verdade, é Felicidade. É onde entra essa assim chamada compaixão nisso. Compaixão é só uma palavra. O Amor não trata com pessoas. Para o Amor, que é Consciência, só há Consciência. E essa Consciência se reconhece. A Graça de um Mestre vivo, que alguém chama de compaixão, é a pura expressão desse Amor, que é Consciência, se reconhecendo. Isso é compaixão. Mas não é compaixão pelo "outro". Isso é Graça, isso é Amor. A Presença é Amor. Esse Amor em expressão é Graça, é Consciência.

P: A Presença é Amor, mas não amor por "alguém"?

M: Não. Amor é a natureza desta Presença, que é o cerne, o coração de qualquer experiência. O coração, a essência, a natureza desse encontro aqui, essa é uma experiência. Não há um experimentador dentro dela, há só o experimentar, não é o experimentar de "alguém", não é a experiência de "alguém". A essência desta experiência – e essa é a experiência única – é amor, não há "alguém" nisso. A experiência dessa Consciência é amor. Amor não é prazer, não é sentimento, não reconhece direção, não vem de um ponto em direção a outro ponto. É essa onipresença, que é Consciência, sem forma, sem objetos, sem imagens. Não há "eu" e "você". Não há ele, ela, nós, eles.

A questão é que nós estamos sempre reduzindo qualquer experiência a essa crença de uma identidade por trás dela. Então, há sempre o sentido de "alguém" nessa coisa, "alguém" capaz de amar, "alguém" capaz de receber esse amor. Não tem "alguém" quando há amor. Quando há amor, o sentido de "alguém" é impossível. Quando há o sentido de "alguém" amando, não há amor. "Alguém" é sempre uma crença do pensamento por detrás da experiência do prazer, da alegria, da satisfação, do conforto, do carinho, que é o que nós chamamos de amor por "alguém".

É como a liberdade, é como a paz. Não tem "alguém" na paz. Quando a paz está presente, o sentido de "alguém" não pode estar presente. Quando surge o sentido de "alguém", temos a crença da paz. A paz é impessoal, o amor é impessoal, a liberdade é impessoal. É a natureza da Consciência, é a natureza do Ser, é a natureza da experiência, sem o experimentador nela. Eu falo dessa experiência agora, sem qualquer descrição, relato, sem qualquer ideia sobre isso, sem qualquer avaliação, comparação, sem qualquer pensamento. Essa Presença, que é Silêncio, que é Paz, que é Consciência, que é o cerne dessa experiência, é Amor. Não tem "alguém" nisso.

Não tem "alguém" em nada, em nenhuma parte, nenhum lugar. Só tem Ele, Aquilo, a Presença.

P: Estou achando a Verdade tão subversiva, caótica, anárquica e louca...

M: Perfeito. Estou perfeitamente de acordo com você. Não há nada tão subversivo, caótico, anárquico e louco quanto a Verdade para a mente. É para a mente que a Verdade é isso. Ela simplesmente é o que é. Mas é natural que ela pareça assim. É uma bela aproximação. Se pudermos nos livrar da mente, estamos diante do que É. E o que é pode ser qualquer coisa. Pode ser caótico, pode ser anárquico, pode ser louco, pode ser subversivo. Mas isso são só aparições.

P: Como olhar para a realidade como você olha, Marcos?

M: Desapareça. Não tem outro jeito. Enquanto houver a ideia de que você está aí, esse olhar é impossível. Esse olhar já é seu, o problema não é a falta desse olhar, o problema é não confiar nesse olhar por se acreditar ser capaz de olhar. A vida se apresenta exatamente assim, aparentemente caótica, anárquica, louca e subversiva. Mas se pudermos deixar essa própria ideia de aparição de lado, ficamos simplesmente com o que é, e esse não é o olhar de uma "pessoa", é o olhar dessa Consciência, dessa Presença, que é Liberdade, que é Paz, que é Amor, que é Felicidade.

*Transcrição de uma fala ocorrida em 13 de Janeiro de 2014, num encontro aberto online. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.

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